O Ceará apresentou ontem o camisa 9 que tanto procurava, trata-se do atacante Washington, ex-Atlético Goianiense, que passa a ser a grande esperança de gols da equipe, um problema crônico desde a saída de Mota no ano passado.
O acerto com nomes como Dodô, do Vasco, e Kléber Pereira, do Inter, fez a torcida sonhar com um grande atacante vestindo a camisa 9 do time, mas o presidente Evandro Leitão, que classificou como “trabalho de parto” a contratação de um atacante afirmou que a camisa 9 é de Washington: “ele é o nosso camisa 9. Já assinou contrato, fez exames, e não tem nenhum problema de contusão como ouvi por aí. Já conversei com ele e a torcida pode esperar gols desse atacante. Acreditamos no seu potencial. Ele tem tudo para ser feliz aqui no Ceará e dar alegrias a nossa torcida”, garante.
Já o atacante não se importa se a pressão por gols será grande ou se a torcida esperava outros nomes para o ataque. “O importante é que acertei com o Ceará, e não quem vinha negociando. Cada um tem seu nome, seu valor, e acredito que eu tenha o meu. Chego aqui para marcar gols e não fujo da responsabilidade”, avisa.
Ciente da responsabilidade, o atacante garantiu que está acostumado com a pressão. “Sei que a pressão é grande. Estou acostumado com esse tipo de responsabilidade, sou experiente, sei que chego para resolver. Assumo o compromisso”.
Tamanho otimismo pode ser justificado pelos gols que o atacante marcou ao longo se sua carreira, como ele mesmo ressalta. Em 2006, foi artilheiro da Taça Libertadores pelo Palmeiras. “Meu melhor momento foi no Palmeiras, que marquei muitos gols na Libertadores, quando chegarmos às quartas de final. Caso fôssemos longe, poderia fazer até mais. No Brasileirão fiz 15 gols. Mas venho fazendo gols nos últimos clubes que joguei. No ano passado, fiz 14 na Série B pelo São Caetano. Então, tive boas passagens e espero que aqui seja uma delas”, sonha.
Recomeço
Se no ano passado o atacante balançou frequentemente as redes, este ano a história foi diferente. Atuando pelo Atlético Goianiense, Washington teve poucas oportunidades de jogar, um dos fatores que o fez acertar com o Ceará. “Nas partidas que atuei pelo Atlético, ainda que poucas, fiz gols. Tinha a possibilidade de ficar lá, de esperar a minha chance, mas preferi vir para o Ceará, um time também de Série A, mas com uma torcida muito maior que a do Atlético, o que é muito estimulante”.
E o atacante espera atuar logo. Se depender dele, o desentrosamento com os outros jogadores será superado com muita vontade. “Eu vinha treinando e entrando nos jogos do Atlético. Joguei a decisão do Campeonato Goiano. Vai faltar ritmo, mas atingirei o ápice jogando. Vontade não falta para jogar”.
Fonte: Diário do Nordeste