A diretoria do Ceará afirmou estar tranquila quanto às escutas telefônicas que citam o clube em uma suposta conversa sobre manipulação de resultados na Série B de 2009, na partida contra o São Caetano, vencida pelo Vovô por 2 a 1 no estádio Castelão.
O vice-presidente do clube, Robinson de Castro, assegurou que o departamento jurídico do clube não realizará nenhuma ação, já que a investigação não tem o Ceará como réu.
“Quem lê o processo sabe que não tem nada a ver com combinação de resultados. É um processo de investigação da Polícia Federal (PF), em que foram faladas coisas cifradas e as pessoas maldosamente quiseram trazer como se fosse alguma relação com o Ceará e a campanha de 2009. Não há porque o Ceará realizar alguma ação contra isso, porque não somos acusados de nada. Se essa coisa voltar, a gente tomará as medidas cabíveis e necessárias”, esbravejou.
Já o advogado do Ceará, Clarke Leitão, disse que o clube não está preocupado com o episódio. “O próprio Ministério Público acredita que os investigados estavam falando em linguagem cifrada. O Ceará jamais se envolveu em qualquer manobra para combinação de resultados”.
Processo
O processo em que o alvinegro é citado tramita na Justiça Federal e apura vazamentos de operações sigilosas da PF por um agente do órgão e um empresário. As operações policiais eram destinadas a investigar fraudes em licitações e desvio de recursos federais por municípios cearenses.
Na gravação, feita no dia do jogo, o réu “diz que esteve conversando com a presidência do Ceará e que os torcedores podem ficar tranquilos, pois o time ganha hoje [naquele dia]”.
Na sentença proferida em 1ª instância, o juiz federal Danilo Fontenelle Sampaio considerou que a citação ao Ceará se tratava de uma “conversa cifrada” e uma forma do réu tentar desviar as acusações. A possível combinação de resultados é tratado pelo magistrado como “fato curioso”, “podendo ter ocorrido, ao que parece, as duas coisas”.
Fonte: Jogada – Diário do Nordeste
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