Os cerca de 1.200 operários das obras do Castelão entraram em estado de greve pela segunda vez em menos de dois meses na manhã de ontem. De acordo com o Sintepav, sindicato que representa a categoria, os grevistas reivindicam salário unificado e cumprimento do acordo acertado em fevereiro deste ano, que ainda não ocorreu. Segundo a assessoria da Secretaria Especial da Copa (Secopa), as negociações ficaram por parte do Consórcio Construtor, formado pelas empresas Galvão Engenharia e Andrade Mendonça.
Na manifestação anterior, foram apontadas irregularidades no contrato dos trabalhadores das subempreiteiras, como diferença no salário, no valor da cesta básica e atrasos no pagamento. Na época, ficou acertada a unificação salarial e a quitação dos atrasados. No entanto, o presidente do sindicato, Raimundo Gomes, denuncia, além do descumprimento do acordo, a falta de pagamento referente às horas extras de trabalho.
Após assembleia no Castelão, a categoria decretou a paralisação e fez passeata em torno da Arena para divulgar suas exigências. Segundo o sindicato, a greve deve permanecer por mais duas semanas, até o dia 16, data em que haverá uma nova assembleia de trabalhadores.
Em nota oficial, o Consórcio divulgou que “sempre esteve à disposição para negociar e continua empenhado no sentido de chegar a um acordo que favoreça a todos”, além de afirmar que, em decorrência de abril ser o mês do dissídio dos trabalhadores da Construção Civil, as reivindicações dos operários já estavam sendo avaliadas e havia uma reunião marcada para dia 12 deste mês para discutir a questão.
Os empregadores garantem, ainda, que todos os termos do contrato estão sendo respeitados pelas subempreiteiras e que não haverá atrasos na entrega do Estádio. Porém, até a tarde de ontem, de acordo com a assessoria do sindicato, o estado das negociações entre os grevistas e o Consórcio resumia-se a “estamos aguardando [contato]”. O Castelão é o Estádio mais avançado em termos dos preparativos para o Mundial de 2014, com mais de 60% da obra concluída. Orçado em R$ 518,6 milhões, a nova arena receberá seis jogos da Copa de 2014, incluindo uma partida da seleção brasileira na primeira fase e outra no mata-mata.
Fonte: Jornal O Estado
Vixe o negocio agora não vai desandar.. que pena =(