A violência no futebol, especialmente entre torcidas organizadas, já causou 155 mortes no Brasil desde 1988, segundo pesquisa do diário Lance!. Os problemas vitimaram pessoas de 18 estados do país, a maioria formada por jovens mortos por armas de fogo.
Das 155 mortes, 103 foram causadas por incidentes com armas de fogo, 39 por agressões, cinco por facadas, quatro por atropelamento e quatro por bombas. A maioria das vítimas é formada por jovens. Nada menos que 74 de todos os atingidos pelo problema tinham de 11 a 20 anos, enquanto 53 de 21 aos 30 anos.O levantamento, segundo a publicação, é baseado em uma compilação de dados de jornais de todo o país. São Paulo é o estado mais afetado, com 32 mortes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 19 óbitos registrados.
O levantamento parte do assassinato de Cléo Sóstenes, em 17 de outubro de 1988, em São Paulo. Ex-presidente da Mancha Verde, ele foi morto a tiros, supostamente por rivais corintianos.
Nos dois últimos fins de semana, dois casos de violência fizeram o país voltar a discutir o tema. Em São Paulo, horas antes de um clássico entre Corinthians e Palmeiras, torcedores de Mancha Alviverde e Gaviões da Fiel se enfrentaram em uma avenida da zona norte de São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, tratou-se de uma emboscada de represália à morte de um corintiano no ano passado. Desta vez, dois palmeirenses morreram. Em Goiás, no último sábado, a violência entre as torcidas fez uma nova vítima.
Diego Rodrigo da Costa, torcedor do Goiás de 23 anos, morreu em um enfrentamento com a torcida do Vila Nova em uma região nobre de Goiânia. No último ano, os conflitos no estado causaram nada menos que nove mortes, uma média de um caso a cada 37 dias. Ao todo, desde 1988, a região viu 16 torcedores serem vítimas da violência.
Fonte: UOL Esporte