A Copa Unimed nunca foi o foco do Fortaleza neste segundo semestre. Mas a eliminação vexatória ainda na primeira fase da competição explodiu de vez a crise no Pici. A derrota por 3 a 1 para o Maranguape, na última quarta-feira, fez o técnico Arthur Bernardes sair, jogadores serem dispensados e torcedores protestarem na sede do clube. Tudo isso às vésperas da partida que pode definir o futuro do Leão na Série C do Campeonato Brasileiro.
A tarde de ontem foi tensa. Começou com 35 torcedores querendo entrar no clube para conversar com o elenco. Barrados pela diretoria, o grupo gritou, xingou, ameaçou e soltou rojões. Acabou entrando com a escolta da Polícia Militar. E depois teve o momento de reunião com alguns atletas.
“Isso é normal no futebol. Já passei por coisa pior. Mas assimilamos o que eles queriam: resultado”, minimizou Carlinhos Bala. Já o presidente Osmar Baquit foi menos político. “Não vou permitir que ninguém ameace ou agrida ninguém aqui dentro”, reclamou. “Vários nomes contratados aqui foram sugeridos pelos próprios torcedores. E agora eles reclamam”, disparou o dirigente tricolor.
Crise antiga
A tensão no Pici vem desde o início do ano. De lá para cá três técnicos já passaram pelo comando da equipe. Nenhum deu padrão ao time. Agora, o auxiliar Márcio Rocha assume, completando média de um treinador a cada dois meses em 2011.
Se vencer o Campinense amanhã, no PV, é bem provável que Márcio siga até o fim. “Hoje ele é interino, mas se sentir o grupo fechado prefiro ir com ele a arriscar de novo”, disse Osmar Baquit.
OS TÉCNICOS DO FORTALEZA EM 2011
Flávio Araújo – Foi demitido antes do fim do Estadual.
Ferdinando Teixeira – Aposentou-se na 1ª rodada da Série C.
Arthur Bernardes – Ficou pouco mais de um mês no clube.
Márcio Rocha – Assume a bronca na reta final da Série C.
Fonte: O POVO Online